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Edgar Allan Poe: O pai da verossimilhança

  • iridescentebr
  • 15 de mai. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 17 de mai. de 2020

A verossimilhança é o elemento literário que faz com que as histórias ficcionais se pareçam com a realidade



A ficção científica é repleta de escritores geniais que foram responsáveis por diversas inovações literárias, um dos gênios que se destacaram pelo pioneirismo em sua forma de escrever foi Edgar Allan Poe, escritor, poeta, editor e crítico literário. Poe nasceu em 19 de janeiro de 1809 em Boston, Massachusetts, Estados Unidos.


Allan Poe ficou órfão de mãe muito cedo e teve o desprezo de seu pai, que lhe abandonara, sendo adotado pelo casal de Richmond – Virgínia, Francis Allan e John Allan, que lhe deram o seu sobrenome e o incentivaram, desde cedo, aos estudos com os melhores professores de seu tempo.


Mais tarde, ingressou na Universidade da Virgínia, onde se destacou no estudo das línguas românticas, antigas e modernas. Entretanto, cursou apenas um semestre, seu envolvimento com mulheres e bebidas alcóolicas, bem como o seu temperamento forte, o fizeram ser expulso. Mesmo assim, fora da universidade, continuou demonstrando interesse pela literatura, inclusive, lançou neste período de forma anônima a sua coleção de poemas denominada de “Tomerlane and Other Poems”.


Poe, após também ser expulso do serviço militar devido a sua falta de disciplina, passou a sobreviver dos seus escritos, inclusive chegou a ganhar o concurso de contos e poesias da revista “Southern Literary Messager”, além disso, após ser reconhecido por seus textos geniais, foi convidado a ser editor da revista.


O grande gênio Edgar Allan Poe foi um dos grandes escritores do movimento romântico e ficou conhecido mundialmente pelo seu romantismo sombrio e suas obras góticas, mas poucos sabem que ele também foi o inventor do gênero “ficção policial” e contribuiu de maneira significativa com a “ficção científica”, sendo o responsável pela criação da verossimilhança, elemento indispensável da ficção científica moderna.


A verossimilhança é o elemento literário que faz com que as histórias ficcionais se pareçam com a realidade, sejam semelhantes à vida, e que façam sentido e aproxime o leitor da história, de tal modo que o mesmo possa acreditar que o fantástico apresentado seja possível. Poe explorou esse recurso de forma pioneira em sua obra jornalística. Vale lembra que em 13 de abril de 1844, no jornal New York Sun, divulgou a iminente chegada do balão Victoria a cidade de Manhattan, após atravessar o Atlântico em uma viagem de 75 horas.


Ainda, para que sua história fosse aceita por todos como verdadeira, Poe também publicou no jornal Columbia Spy, de Lancaster – Pensilvânia, o “diário de bordo” do capitão do Victoria, que segundo sua invenção, fazia a cobertura do acontecimento fictício que só aconteceria de verdade em 1919. Tal publicação ficou conhecida como “O Embuste do Balão” (The Balloon-Hoax), o conto foi inspirado no sucesso de Poe de 1835, chamado “A Aventura Sem Paralelo de Um Tal Hans Pfaall”.


Edgar Allan Poe, inspirou outros escritores de ficção científica, inclusive o célebre Júlio Verne, que chegou a dizer:


“Edgar Allan Poe inventou uma nova forma de literatura; criou um gênero à parte que só poderia proceder dele mesmo e do qual ele parece possuir o segredo; pode-se dizer o chefe de uma escola do misterioso, que ele recuou ao limite do impossível; ele terá os seus imitadores”.

Além disso, no campo da ficção científica, assim como outros grandes, deixou sua previsão sobre o futuro. Na dissertação “Eureca: Um poema em prosa”, defendeu a teoria cosmológica que previu a teoria do Big Bang, além disso, era interessado por criptografia, campo da ciência tecnológica que é imprescindível na construção de sistemas informatizados seguros e essencial hoje em dia para a realização de operações bancárias através da internet.


Poe nos deixou uma obra muito rica em temas e gêneros, foi pioneiro em diversos aspectos e é um dos nomes mais importantes da ficção científica, bem como o pai da verossimilhança, recurso muito usado pelo cinema, e embora seja mais conhecido pelo horror, sua história nos prova que ele foi polivalente em suas inovações literárias.



 
 
 

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